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quinta-feira, 29 de abril de 2010

AGRADECIMENTO

GOSTARIA DE AGRADECER A TODOS PELO APOIO, PELAS ORAÇÕES.

POR ESTAR DIVULGANDO O DOCUMENTÁRIO, QUE FALA DA MINHA VIDA AQUI NA IRLANDA, ONDE FOI DIRIGIDO PELO JORNALISTA E CINEASTA ERNANI LEMOS E PRODUZIDO POR ELE, PELA JORNALISTA JULIANA MENEZES E POR LEANNE FLETCHE NA CAPITAL IRLANDESA E SERÁ EXIBIDO EM MAIO NO IRISH FILM INSTITUTE.

http://www.youtube.com/watch?v=I-7velObi5Y

ADIADA O DESTINO DE ALINE NA IRLANDA

Foi adiada a audiência que finaliza o processo decorrente do acidente que impossibilita Aline Barros a andar há quase 2 anos.

A audiência estava marcada para esta quarta-feira, dia 28 de abril.

O advogado do réu alegou que uma testemunha chave não estava presente e solicitou a prorrogação do julgamento. O juíz concedeu o pedido e remarcou o feito para o dia 22 de junho.

Aline Barros veio para Irlanda para ajudar a mãe e arcar com os custos dos medicamentos para tratamento de sua doença crônica.

Hoje D. Sylvia encontra-se em Dublin para auxiliar a filha, que agora depende de doações para se manter. A jovem não tem permissão para trabalhar na Irlanda e não recebe auxilio do governo irlandês.

Aline deve aguardar a finalização deste processo penal e do que virá a seguir, no cível , para retornar ao Brasil. Exames médicos são realizados periódicamente e anexados no processo.

TERMINA HOJE A PRIMEIRA ETAPA NA JUSTIÇA IRLANDESA

A audiência findal do Processo criminal da Aline acidentada em Dublin em julho de 2008, acontece hoje, dia 28 de abril.

Eu foi vítima de um acidente que me deixou paraplégica. O motorista do caminhão que causou o romipimento dos ligamentos dos joelhos e a fratura da bacia fugiu sem prestar socorro.

Um único suspeito foi detectado por câmeras de segurança que registraram a passagem de um caminhão na hora do acidente.

Apesar das evidências o homem nega a autoria do crime culposo.

A segunda etapa da batalha judicial, no cívil, terá início logo em seguida e sera longa , caso o réu seja condenado.

"Eu estou muito nervosa e apreensiva. É uma situação difícil ter que torcer para que ele seje inocentado. Eu sofro muita dor {neuropática} e ele teve partição nisso, mas ja coloquei nas mãos de Deus . Eu só quero que isso termine logo para eu voltar para casa" disse Aline .

Eu não posso retornar para o Brasil antes de concluídos os processos na justiça Irlandesa.

Eu vivo de doações uma vez que o seu visto de estudante a impede de trabalhar e ela não tem acesso à benefícios sociais neste país.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

AMIGOS

OI MEUS AMIGOS
DE UMA OLHADA NESTE VÍDEO QUE CONTA A MINHA HISTÓRIA, E DIVULGUEM POR FAVOR.

FIQUE COM DEUS

http://www.youtube.com/watch?v=I-7velObi5Y

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dor Neuropática

Dor Neuropática
Os sintomas da dor neuropática são frequentemente descritos como punhalada, queimadura ou choques eléctricos.

O que é a Dor Neuropática?

Dor Neuropática é um tipo de dor crónica causada por uma lesão ou doença do sistema nervoso que, frequentemente, resulta em sintomas descritos como sensações dolorosas de queimadura, formigueiro ou choque eléctrico.

A dor com origem nos nervos é muitas vezes confusa e frustrante, quer para os doentes quer para os médicos, pois não responde muito bem aos tratamentos habituais para a dor. Pode durar indefinidamente e, pode mesmo, agravar-se ao longo do tempo e acabar por incapacitar o doente.

Quão frequente é a Dor Neuropática?

Estima-se entre 1,5 % e 7,7% as pessoas afectadas por dor neuropática, respectivamente, nos Estados Unidos da América (EUA) e na Europa. No entanto, é uma síndrome que, muitas vezes, é sub-diagnosticada e sub-tratada.

Nos países europeus a dor neuropática tem uma prevalência estimada em (1)(2):
- 3 milhões de pessoas ou 7,5% no Reino Unido;
- 2,5 milhões de pessoas ou 6,4% em França;
- 3,5 milhões de pessoas ou 6% na Alemanha;
- 2,1 milhões de pessoas ou 7,7% em Espanha (3).

Quais são os sintomas?

Os sintomas da dor neuropática são frequentemente descritos como punhalada, queimadura ou choques eléctricos. Estes sintomas agravam-se, muitas vezes, durante a noite.

Outros sintomas comuns da dor neuropática são:

- Alodínia – sensação dolorosa causada por estímulos que habitualmente não causam dor, como um leve toque;
- Hiperestesias – respostas exageradas aos estímulos tácteis, como aos lençóis de cama;
- Hiperalgesia – sensibilidade exagerada a estímulos dolorosos;
- Hiperpatia – persistência da dor mesmo após a remoção do estímulo dolorosos;
- Parestesias e disestesias – sensações anormais e desagradáveis descritas como formigueiro, dormência, picadas.

Que impacto tem a Dor Neuropática nos doentes?

A dor neuropática tem impacto significativo, no funcionamento diário e na qualidade de vida das pessoas afectadas. Em muitos doentes a dor interfere, de forma relevante, no sono e associa-se a falta de energia e dificuldades de concentração.

Devido à dor, que é de natureza crónica, alguns doentes não conseguem trabalhar, andar, ou mesmo tolerar as roupas em contacto com o corpo, pois o simples contacto com estas pode desencadear dores insuportáveis, muitas vezes descritas como sensação de queimadura ou lancinantes.

As lesões nervosas dolorosas constituem um fardo económico importante para os doentes que procuram cuidados para o alívio da dor. Por outro lado, estes doentes sofrem habitualmente de outras doenças, o que os torna maiores consumidores de cuidados de saúde.

A depressão, ansiedade, doença cardíaca e diabetes são perturbações frequentes nestes doentes. Estima-se que, nos doentes com dor neuropática, os custos totais com a saúde sejam cerca de três vezes superiores aos da população em geral.

Pode encontrar este artigo em:

http://saude.sapo.pt/artigos/senior/ver.html?id=758274

quarta-feira, 21 de abril de 2010

MENSAGEM DE DEUS PARA VOCÊ


Essa foi a forma de falar contigo, pois os problemas que tens passado tem feito com que voce não possa me ouvir claramente pois as dores de tua alma tem sido muito intensas.
Porque me perguntas onde Estou? Se ao teu lado tenho andado e suas feridas tenho tratado.

Não estás só, muito menos abandonado, tenho andando ao teu lado e recolhido tuas lagrimas.
Porque não tens confiado em minhas promessas e tens abatido o teu coração, perdido o sono a fome e até mesmo a vontade de viver, se ao teu lado tenho estado?

Ahh se soubesses o quanto te amo, ahh se se pudesses ver meus anjos ao teu redor, saberias que nunca estas só. Quantas vezes teu coração apertado e ferido tem estado mas tenho te recolhido em meus proprios braços, mas mesmo assim ainda dizes que estas só.

Não é hora de lamento é de andar de cabeça baixa, deixando que a tristeza te corrompa a fé, te roube a esperança e te faça um derrotado.

Não é o momento de disistir e de abandonar a carreira, de fugir dos problemas achando que dessa forma voce vai resolver os teus problemas, enfrente agora esse gigante olhe pra ele e diga que voce tem um Deus muito maior do que ele e que hoje mesmo voce o enfrentará cara a cara sem fugir mais, e sim o enfrentando com coragem e com fé pois voce já é mais que vencedor.

Eu sei o que tens passado e sei que muitas vezes tem chorado e pensando em desistir por causa das adversidades e dos problemas que tem se acumulado ao seu redor.
Tenho olhado pra voce todos os dias e tenho estado contigo em cada lagrima e a cada pontada de dor em seu coração que está tão ferido e tão amassado dentro de teu peito. Te amo com uma amor eterno pois te vi nascer e te planejei ainda quando estavas no ventre de tua mãe, pois voce não é um erro do acaso voce é o fruto do meu sonho, voce é alguem que tenho alegria de chamar por filho.

“...Com amor eterno te amei como benignidade te atrai” (Jer. 31:3).

Nunca voce esteve sozinho, as lutas tão intensas te fizeram parar de lutar e desistir de tantos sonhos, de tantos projetos e planos. Te vi chorando pelos cantos e me perguntando porque tudo aquilo tinha acontecido com voce, ouvi quando clamou por socorro e então achou que eu tinha te abandonado, deixado voce.

Eu quero te dizer que eu sempre estive contigo e que esse momento vai passar, pois vou mudar a tua historia, não pare de crer e de acreditar que eu sou contigo, derrubarei os gigantes que se levantam contra ti e um a um cairão por terra e serão desbaratados.

Não cesses de ter fé e a certeza que tudo já esta mudando e um novo amanhecer está chegando os raios de sol já estão passando pelas densas nuvens dessa tempestade tão grande que achavas que nunca iria passar, mas hoje mudo a sua vida e verás o milagre acontecer.

Voce disse que sua fé estava acabando e que não tinha mais força para crer e eu te respondo que essa não é hora de retroceder e desistir, agora é o seu momento de acreditar sem duvidar e tirar força de onde voce não tem para continar a crer com todas as suas forças pois as bençãos já estão chegando, ainda esta semana verás milagres e verás que eu sou o Senhor de sua vida e o Senhor dos Exercitos, Vencedor Invicto.

“Todavia, o meu justo viverá pela fé, e se retroceder nele não se compraz a minha alma” (Heb. 10:38).

Te disseram que não eras ninguém, que voce é um derrotado e que sonhas demais, mais eu te digo que o seu futuro é de paz e de alegria.
Eu sei que a dor da traição é muito grande e quei a dor de se confiar e ser apunhalado pelas costas é intensa mas Eu te fortaleço para que não deixes que essa dor tire de voce a vontade de viver.

Somente não desista de estar perto de mim, nunca saia debaixo de minhas asas, eu sempre estou perto daqueles que me amam e me obedecem.

Esta é a minha palavra pra voce hoje, marque este dia pois sua vida nunca mais será a mesma a partir de hoje.

Te amo e te dou forças para suportar as dificuldades mesmo que elas pareçam maiores que voce...

Olhe de novo para as adversidade e diga pra elas que voce nunca mais ira se curvar triste e abatido a essas montanhas, voce irá derrota-las uma a uma pois hoje renovo as tuas forças e derramos sobre ti o meu oleo de alegria.

Neste momento eu sei que estas sentindo teu corpo formigar e teu coração está sendo trocado e renovado neste momento porque te dou uma nova força agora recebe e levanta e anda pois hoje mesmo eu te darei vitorias e conquistas...

De teu Pai Eterno que te ama tanto e que por você deu o que lhe era mais precioso, eu dei por voce meu proprio filho por te amar demais...

MENSAGEM

1.Avance sempre
2.Barulho de carroça
3.O Pardal e a águia
4.Olhar para cima
5.Agenda da felicidade
6.A Idade de ser feliz
7.Não deixe para Amanhã
8.Por Algo melhor
9.Folha em branco
10.Mais um novo dia
11.O Poder do Entusiasmo
12.Seja feliz
13.Como o carvalho
14.Corrida dos sapinhos
15.Coisas de Deus
16.Assembléia na carpintaria
17.A Lição do Bambu
18.Pérolas
19.Parábola da Vaca
20.Não se deixe soterrar
21.Desiderata
22.Esqueça
23.Seu cavalo pode voar
24.Viver é show fantástico
25.Renove-se

sábado, 17 de abril de 2010

SAUDADES



SAUDADES DO MEU SOBRINHO QUE ESTÁ NO BRASIL..............

INCLUSAO

Como você pode contribuir para inclusão da Pessoa Portadora de Deficiência
Haja com naturalidade. Geralmente as pessoas mudam seu comportamento quando encontram uma pessoa com deficiência. Podemos observar pessoas que por medo tratam a pessoa com deficiência com indiferença ou fingem que não estão ali. Um outro extremo é o tratamento exageradamente gentil, superprotetor. A dica básica é tratar a pessoa com deficiência como faria com qualquer outra pessoa, ou seja, amável e com objetividade.

Não subestime as possibilidades, nem superestime as dificuldades e vice-versa. As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas. Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda. Sempre espere sua oferta ser aceita, antes de ajudar. Sempre pergunte a forma mais adequada para fazê-lo.não se ofenda se seu oferecimento for recusado. Pois nem sempre as pessoas com deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser mais bem desenvolvida sem assistência.
Se você não se sentir confortável ou seguro para fazer alguma coisa solicitada por uma pessoa deficiente, sinta-se livre para recusar. Neste caso, seria conveniente procurar outra pessoa que possa ajudar.

As pessoas com deficiência são pessoas como você. Têm os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os mesmos receios, os mesmos sonhos.

Você não deve ter receio de fazer ou dizer alguma coisa errada. Aja com naturalidade e tudo vai dar certo.

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Pessoas com Deficiência Física
Se a pessoa usar uma cadeira de rodas, é importante saber que para uma pessoa sentada é incômodo ficar olhando para cima por muito tempo, portanto, se a conversa for demorar mais tempo do que alguns minutos, lembre-se de sentar-se, se for possível, para que você e ela fiquem com os olhos num mesmo nível.

A cadeira de rodas (assim com as bengalas e muletas) é parte do espaço corporal da pessoa, quase uma extensão do seu próprio corpo. Agarrar ou apoiar-se na cadeira de rodas é como agarrar ou apoiar-se numa pessoa sentada numa cadeira comum. Isso muitas vezes é simpático, se vocês forem amigos, mas não deve ser feito se vocês não se conhecem.

Nunca movimente a cadeira de rodas, sem antes pedir permissão para a pessoa. Empurrar uma pessoa em cadeira de rodas não é como empurrar um carrinho de supermercado. Quando estiver empurrando uma pessoa sentada numa cadeira de rodas, e parar para conversar com alguém, lembre-se de virar a cadeira de frente, para que a pessoa também possa participar da conversa.

Se você estiver acompanhando uma pessoa com deficiência que anda devagar, com auxílio ou não de aparelhos ou bengalas, procure acompanhar o passo dela. Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa deficiente.

Se achar que ela está em dificuldades, ofereça ajuda e, caso seja aceita, pergunte como deve fazê-lo. As pessoas têm suas técnicas pessoais para subir escadas, por exemplo e, às vezes, uma tentativa de ajuda inadequada pode até mesmo atrapalhar. Outras vezes, a ajuda é essencial. Pergunte e saberá como agir e não se ofenda se a ajuda for recusada.

Se você presenciar um tombo de uma pessoa com deficiência, ofereça ajuda imediatamente. Mas nunca ajude sem perguntar se e como deve fazê-lo.
Esteja atento para a existência de barreiras arquitetônicas quando for escolher uma casa, restaurante, teatro ou qualquer outro local que queira visitar com uma pessoa com deficiência física.

Nunca estacione numa vaga reservada para o estacionamento de veículos conduzidos ou que conduzam pessoas deficientes. Essas vagas, demarcadas com o símbolo internacional de acesso (um símbolo de uma cadeira de rodas pintado na cor branca sobre um fundo azul), geralmente, são mais largas para permitir que a pessoa se aproxime do veículo e possa fazer a transferência da cadeira de rodas para o banco do carro e vice-versa. Nunca estacione em guias rebaixadas, nem sobre a calçada.

Se a pessoa tiver dificuldade na fala e você não compreender imediatamente o que ela está dizendo, peça para que repita. Pessoas com dificuldades desse tipo não se incomodam de repetir quantas vezes seja necessário para que se façam entender.

Não se acanhe em usar palavras como “andar” e “correr”. As pessoas com deficiência física empregam naturalmente essas mesmas palavras.

Pessoas com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar, podem fazer movimentos involuntários com pernas e braços. Geralmente, têm inteligência normal ou, às vezes, até acima da média.
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Pessoas surdas ou com Deficiência Auditiva
Fale diretamente com a pessoa, e não de lado ou atrás dela.

Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha.

Quando falar com uma pessoa surda, tente ficar num lugar iluminado. Evite ficar contra a luz (de uma janela, por exemplo), pois isso dificulta ver o seu rosto.

Seja expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações do que você quer dizer.

Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual, se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.

Se for necessário, comunique-se com a pessoa surda através de bilhetes. O importante é se comunicar. O método não é tão importante.

Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete.
Clique aqui para fazer o download do alfabeto manual

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Pessoas cegas ou com Deficiência Visual
Nem sempre as pessoas cegas ou com deficiência visual precisam de ajuda, mas se encontrar alguma que estar em dificuldades, identifique-se, faça-a perceber que você está falando com ela e ofereça seu auxílio. Nunca ajude, sem perguntar antes como deve fazê-lo.

Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, você deve guiá-la até a cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto da cadeira, informando se esta tem braço ou não. Deixe que a pessoa sente-se sozinha.

Algumas pessoas, sem perceber, falam em tom de voz mais alto quando conversam com pessoas cegas. A menos que a pessoa tenha também uma deficiência auditiva que justifique isso, não faz nem um sentido gritar. Fale em tom de voz normal.

Por mais tentador que seja acariciar um cão-guia, lembre-se de que esses cães têm a responsabilidade de guiar um dono que não enxerga. O cão nunca deve ser distraído do seu dever de guia. As pessoas cegas ou com visão subnormal são como você, só que não enxergam. Trate-as com o mesmo respeito e consideração que você trata todas as pessoas. Proporcione às pessoas cegas as mesmas oportunidades que você tem, de ter sucesso ou de falhar.

Fique à vontade para usar palavras como “veja” e “olhe”. As pessoas cegas usam-nas com naturalidade. Quando for embora, avise sempre. A pessoa cega depende fundamentalmente das informações verbais.
Clique aqui para fazer o download do alfabeto em Braille

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Pessoas com Deficiência Mental
Você deve agir naturalmente ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência mental. Dê atenção, converse, e aprenda com elas. Não superproteja. Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajude apenas quando for realmente necessário.

Não subestime sua inteligência. As pessoas com deficiência mental levam mais tempo para aprender, mas podem adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais. As pessoas com deficiência mental, geralmente, são muito carinhosas.
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Como você deve comportar-se diante de um educando com deficiência
Sabemos que:

Os professores não se sentem preparados para atender adequadamente as necessidades daqueles educandos;

Porque as crianças/jovens que não portam deficiência não foram preparadas sobre como aceitar ou como brincar com os colegas com deficiência e chegam, por isso às vezes, a rejeitá-los;

Porque os edifícios foram construídos para pessoas sem deficiência;

Porque muitos dos profissionais da escola se opõem à inclusão destes alunos;

Porque algumas famílias de criança/jovens que não portam deficiência, temem que este contato seja prejudicial a seus filhos;

Porque os pais e familiares de crianças/jovens com deficiência têm receio de que seu filho tenha dificuldade no relacionamento interpessoal na escola, preferindo mantê-lo em casa ou em instituições especializadas;

Porque o próprio portador de deficiência não foi ensinado e encorajado a enfrentar o mundo e a sociedade com confiança em si próprio; não sabe que tem um lugar que é seu e que as pessoas sem deficiência necessitam da sua participação, pois mais ninguém pode desempenhar o seu papel no grupo a que pertence. Ele tem DIREITOS E DEVERES.

Sugerimos que:

Exponha as suas dificuldades, aos seus superiores para alertar e melhorar as estruturas existentes; mantendo a ética e o sigilo profissional, procure informar-se ao máximo sobre os seguintes pontos:

A deficiência da criança/jovem e as suas possibilidades de participar nas atividades escolares (aulas, recreações, etc...);

A maneira como os familiares encaram a deficiência e como o aluno com deficiência encara a sua família;

A reação da família à inclusão; se os seus receios são transmitidos, normalmente, ao portador de deficiência;

A reação da criança/jovem com deficiência perante a inclusão;

Os seus principais problemas, como pessoa e como professor, na relação com esses alunos são:

Dificuldades na comunicação com eles;

Dificuldades que apresentam no aprendizado dos conhecimentos necessários ao seu progresso escolar.

A missão do professor junto a estes alunos é acima de tudo, criar um ambiente tal a sua volta que lhes faça sentirem-se aceitos e os leve a participar no grupo.

Procure encontrar o melhor meio de facilitar-lhes a aprendizagem, para possibilitar-lhes um desenvolvimento global equilibrado.

Refletindo sobre estes aspectos, a sua atuação será mais eficiente:

Com os adultos da escola;

Com as crianças/jovens que não portam deficiência;

Com as famílias da criança/jovem que porta deficiência;

Com as famílias das crianças/jovens que não portam deficiência;

Consigo mesmo e com as crianças/jovens com deficiência;

Isto permitirá que a criança/jovem portadora de deficiência:

Sentindo-se aceita, tenha a segurança necessária para participar nas atividades;

Tendo as facilidades necessárias, possa adquirir toda a autonomia que é capaz;

Sendo solicitada, possa desenvolver suas aptidões e adquirir os conhecimentos que lhe são indispensáveis.

Lembre-se ainda que corre o risco de:

Superprotegê-la ou abandona-la (procure saber o que ela pode fazer e incentive-a a tomar iniciativa);

Faze-la sentir quais as ajudas de que necessita e que devem ser dadas, com naturalidade;

Marginalizá-la, por não estar atento ao seu ritmo ou não considerar a importância da sua localização na sala de aula;

Traumatizá-la, por não considerar a importância da sua participação nos jogos coletivos, nos recreios e nas atividades da sala de aula.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A ESPERANÇA NÃO PODE ACABAR


Como definir "acessibilidade"?

A acessibilidade é um direito, não um privilégio" William Loughborough



O dicionário nos diz que "acessibilidade" é um substantivo que denota a qualidade de ser acessível; "acessível", por sua vez, é um adjetivo que indica aquilo a que se pode chegar facilmente; que fica ao alcance. Na área da Deficiência, quando este termo começou a ser utilizado, estava restrito ao ambiente construído e designava a eliminação de barreiras arquitetônicas. Na verdade, a expressão mais freqüentemente usada era "eliminação de barreiras", pois ficava subentendido que a pessoa se referia às barreiras arquitetônicas. A sensação que as pessoas tinham (tanto as pessoas com deficiência quanto familiares, amigos e profissionais) era muito negativa: a cidade era vista como um lugar perigoso, cheio de armadilhas e obstáculos a serem enfrentados, que requeriam disposição e paciência, todo dia. Nada era fácil, nada era possível. A ilustração de Ricardo Ferraz1 traduz brilhantemente a percepção e o sentimento dessa época.

Barreiras.
Legenda: cadeirante, à esquerda do desenho, olha perplexo para a palavra "NÃO",
que se ergue à sua frente como uma barreira enorme e ameaçadora.


1981: um ano a ser lembrado.

Gradualmente, o panorama foi mudando. 1981 foi um marco significativo: a ONU - Organização das Nações Unidas decretou que esse era o Ano Internacional das Pessoas Portadoras de Deficiência (AIPPD). Parece que um farol se acendeu: a sociedade se deu conta que havia pessoas com deficiência e que eram muitas. A visibilidade recém adquirida, com respaldo da ONU, estimulou a mudança de atitudes: organizações DE pessoas com deficiência foram criadas; o tema foi matéria de jornais, televisões e rádios; direitos foram conquistados; as pessoas com deficiência puderam fazer soar sua voz e expressar desejos e vontades. Ou seja, começaram a sair da atitude de imobilismo e perplexidade que o cartum mostra.

No bojo desta mudança, que se processa de forma gradual e que até hoje está acontecendo, podemos destacar fatos e tendências. Um deles foi a substituição do termo "barreiras arquitetônicas" por "acessibilidade", invertendo o sinal das lutas e dos olhares: não era "contra", era "a favor". Já havia passado o momento do antagonismo, do grupo das pessoas com deficiência contra a sociedade toda. Chegou o dia das pessoas com deficiência dizerem que queriam ficar junto com os outros e, melhor ainda, isso começa a se tornar realidade.


Mudança de olhar.

Nessa inversão de sinal, o significado do termo "acessibilidade" foi ampliado. Percebemos que acessibilidade era mais do que construir rampas - embora rampas sejam, sempre, fundamentais. Mas representam, literalmente, apenas o primeiro passo. Rampas precisam levar a escolas, centros de saúde, teatros, cinemas, museus, shows de rock... Este novo sentido foi aplicado a outras esferas do fazer humano; passamos, então, a refletir sobre a acessibilidade (e o acesso a) na Educação, no Trabalho, Lazer, Cultura, Esportes, Informação e Internet.

Alcançar condições de acessibilidade significa conseguir a equiparação de oportunidades em todas as esferas da vida. Isso porque essas condições estão relacionadas ao AMBIENTE e não às características da PESSOA. Falar sobre alcançar condições de acessibilidade implica em falar de processo, que tem tempos e características diferentes em cada lugar, que tem idas, vindas, momentos que parecem de estagnação - mas, na verdade, são momentos em que novos conceitos, novas posturas e atitudes estão germinando. Processos são demorados e precisam do cuidado de todos.


A acessibilidade diminui a desvantagem.

O ambiente pode piorar a forma de funcionamento de uma pessoa. Um restaurante com muitas mesas e pouco espaço de circulação entre elas exige que o garçom seja um malabarista, para equilibrar pratos e copos e que os clientes sejam ágeis e flexíveis, para chegar aos seus lugares. Se forem idosos, ou grávidas, ou obesos, ou simplesmente distraídos ... a probabilidade de acidente é alta. O mesmo acontece com pessoas com deficiência: se o ambiente não oferece condições adequadas de acessibilidade, elas ficam em situação de desvantagem e sua condição de funcionamento (surdez, cegueira ou outra) se agrava ou até mesmo fica inviabilizada.

É importante perceber que, embora esses fatores ambientais não constituam barreiras para os que não têm deficiência, sua eliminação favorece a TODOS. Um ambiente acessível é bom para todos, não apenas para pessoas com determinadas características físicas, pois oferece qualidade de vida, segurança e permite a convivência e a interação entre diferentes.

Oportunidade
Legenda: um cadeirante olha perplexo um pódio à sua frente, que tem lugares para os cinco primeiros colocados. Como os pódios tradicionais, ele é organizado em degraus.


Acessibilidade é um Direito Humano.

Ao lutar pela acessibilidade, estamos defendendo um Direito Humano, que possibilita a equidade de oportunidades e que é condição sine qua non para que a inclusão social aconteça. Segundo Romeu Sassaki, "O paradigma da inclusão social consiste em tornarmos a sociedade toda um lugar viável para a convivência entre pessoas de todos os tipos e condições na realização de seus direitos, necessidades e potencialidades. Neste sentido, os adeptos e defensores da inclusão, chamados de inclusivistas, estão trabalhando para mudar a sociedade, a estrutura dos seus sistemas sociais comuns, as suas atitudes, os seus produtos e bens, as suas tecnologias etc. em todos os aspectos: educação, mostra.trabalho, saúde, lazer, mídia, cultura, esporte, transporte etc."2 Para que a inclusão aconteça, a sociedade deve incorporar os requisitos de acessibilidade, pois o primeiro passo é freqüentar o mesmo espaço, com dignidade e tranqüilidade. Como saber mais sobre esses requisitos de acessibilidade? Quem os estabelece?

Cidade onde pessoas se locomovem com uma expressão feliz.
Legenda: o cadeirante sobe uma rampa com inclinação adequada e cruza com uma pessoa sem deficiência, que usa a mesma rampa; ao fundo, outra pessoa desce escadas.


Desenho Universal.

Os produtos, equipamentos, ambientes e meios de comunicação devem ser concebidos do ponto de vista do Desenho Universal, que recomenda que tudo (mas tudo mesmo) deve poder ser utilizado por todos, o maior tempo possível, sem necessidade de adaptação, beneficiando pessoas de todas as idades e capacidades. Está respondida a pergunta acima: é o Desenho Universal que estabelece os requisitos de acessibilidade. Vale a pena conhecer mais sobre esse conceito3, que tem como pressupostos:

* Equiparação nas possibilidades de uso;
* Flexibilidade no uso;
* Uso simples e intuitivo;
* Captação da informação;
* Tolerância para o erro;
* Dimensão e espaço para uso e interação.

Quando o ambiente se torna acessível, pois adota os critérios e a filosofia do Desenho Universal, ele possibilita a Inclusão e, consequentemente, as pessoas com deficiência podem desfrutar de uma Vida Independente. Vida Independente O conceito de vida independente é outra peça chave no cenário da Acessibilidade. Ele foi desenvolvido por Ed Roberts e mais sete companheiros, todos com deficiência física, nos anos 60, na cidade de Berkeley, Califórnia, EUA, que ficaram conhecidos como o grupo dos "Tetra Rolantes" (por serem tetraplégicos e se locomoverem em cadeira de rodas). Lembrem-se que os Rolling Stones (tradução: Pedras Rolantes) eram sucesso, nessa época, daí a brincadeira com o nome do grupo. Fundaram o primeiro Centro de Vida Independente, a partir de valores e princípios4:

* As pessoas com deficiência é que sabem o que precisam para ter melhor qualidade de vida;
* Suas necessidades variam, como as de qualquer ser humano e, por isso, só podem ser atendidas por uma variedade de serviços e equipamentos;
* A tecnologia assistiva pode significar a diferença entre a dependência e a independência, em determinadas situações;
* As pessoas com deficiência devem viver com dignidade, integradas em suas comunidades;
* A cidadania não depende do que uma pessoa é capaz de fazer fisicamente, mas sim das decisões que ela puder tomar por si só;
* A pessoa com deficiência é que deve ter o controle de sua situação;
* A autodeterminação, a auto-ajuda e a ajuda mútua são processos que liberam as pessoas com deficiência para controlar suas vidas;
* A integração entre pessoas com diferentes deficiências facilita a integração entre pessoas com e sem deficiência;
* Vida Independente é um processo onde cada usuário ajuda a moldar e mantê-la e não um produto para ser consumido indistintamente por diversos tipos de usuários.

Interlecutores.
Legenda: mulher sem deficiência faz perguntas ao acompanhante de uma moça cadeirante: qual é o nome dela? Tem quantos anos? Consegue...? e o acompanhante responde: "Pergunta pra ela".


O modelo médico.

Até aqui, falamos sobre vários conceitos: acessibilidade, desvantagem, Desenho Universal, Vida Independente, inclusão - mas como isso começou? Esses conceitos são novos? Então, como era a vida antes deles?

Desde o início da Humanidade há pessoas com deficiência. Afinal, essa é uma das possibilidades do ser humano, que pode assumir múltiplas características de altura, cor de pele, de olhos e outras tantas. Ao longo da História, a forma como a deficiência foi vista pela Sociedade mudou muito: houve momentos de eliminação, de abandono e outros de respeito e quase veneração, pois era considerada um sinal de contato com os deuses. Alguns povos achavam, por exemplo, que o cego não enxergava "para fora", mas sim "para dentro", ou seja, se relacionava com as divindades. O oposto também foi verdadeiro, em alguns locais e épocas: a deficiência era considerada um castigo, um sinal de ruindade, da pessoa ou de sua família. O tempo passou e as concepções foram mudando, não apenas em relação às pessoas com deficiência, mas também em relação aos índios, aos negros, aos ciganos, às mulheres, idosos e outros segmentos considerados "minoritários".5

"No período entre as guerras mundiais, foi se consolidando o que hoje percebemos como modelo (ou paradigma) e que assumiu contornos mais definidos após a Segunda Guerra Mundial. De acordo com essa concepção, o "problema" estava no indivíduo (a pessoa com deficiência), já que é na sua deficiência (física, mental ou sensorial) e em sua falta de habilidade que reside a origem de suas dificuldades. Portanto, é a pessoa que deve ajustar-se e adaptar-se à sociedade, tal como ela é.

Para fazer este ajustamento à sociedade era preciso contar com a intervenção profissional de um conjunto de especialistas (a equipe de reabilitação: médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, assistente social e outros), que vão cuidar do "problema" através da reabilitação".

Para entender a razão do surgimento desse modelo, vale lembrar que as guerras "produziram" um número extremamente alto de pessoas com deficiência, que precisavam ser tratadas e reinseridas na vida social. Eram heróis de guerra, que haviam perdido uma perna, a visão ou tinham outras seqüelas adquiridas na defesa da Pátria e, portanto, mereciam consideração, atenção e cuidados.

Surge, então, o conceito de reabilitação e de suas diferentes áreas: Terapia Ocupacional, Fisioterapia e outros. É curioso constatar, olhando as fotos das primeiras turmas de formandos de Terapia Ocupacional, nos Estados Unidos, que seu uniforme tinha um estilo militar. Essa equipe de reabilitação, de formação multidisciplinar e geralmente liderada por um médico praticamente "se apropria" da pessoa com deficiência e passa a cuidar dela, pois "sabe o que é melhor". Esse cuidar acaba se estendendo a toda a vida da pessoa, não apenas aos aspectos relacionados à sua reabilitação. A pessoa com deficiência é vista, literalmente, como um "paciente", que deveria se submeter passivamente às orientações da equipe, assim como a família. Ser paciente significava, entre outras coisas, não ter voz e nem querer, por não ter o saber médico.

São essas características, essa forma de compreender a deficiência e de interagir com a pessoa que recebem o nome de "modelo médico". Apesar de seus limites, esse paradigma representou um avanço importante e prestou (e ainda presta) valiosos serviços a muitas pessoas. Sua aplicação significou melhoras relativas na qualidade de vida de muitos, além de imprimir uma marca positiva em trabalhos como a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens da Organização Mundial da Saúde (OMS).


O modelo social.

O tempo passa, o mundo dá voltas e as formas de compreender os fenômenos sociais também mudam. Gradualmente, foi se desenvolvendo o modelo social, como uma resposta ao anterior. Ele transfere o foco da responsabilidade para as adaptações que devemos fazer na sociedade, reconhecendo que as principais barreiras que as pessoas com deficiência enfrentam são o preconceito, a discriminação e os ambientes sem acessibilidade, porque estes foram criados a partir da concepção idealizada de uma pessoa normal, do "homem perfeito", desenhado por Leonardo da Vinci.

O corpo perfeito
Legenda: desenho feito por Leonardo da Vinci, que mostra um ser humano de proporções perfeitas.

Embora os problemas apontados por esse modelo sejam verdadeiros e infelizmente existam até hoje (discriminação, preconceito e obstáculos), eles não são os únicos que devem ser levados em conta, para assegurar a acessibilidade ao meio físico e também a inclusão. Como vimos acima, para que exista acessibilidade não basta construir rampas. Com o tempo, o entendimento da questão foi se ampliando, graças à prática das organizações de pessoas com deficiência, das discussões de estudiosos, militantes e pesquisadores, que se traduziam em leis, da elaboração de Declarações de Princípios e pela ocupação de espaços na vida social, por essas pessoas. O modelo da autonomia pessoal ou "vida independente" Como mencionado, esse modelo nasceu nos Estados Unidos, com a participação ativa de pessoas com deficiência desse país. Ele se forma no âmbito da luta dos pacifistas, do movimento feminista, dos hippies e da luta dos negros por seus direitos civis. Seu enfoque é completamente diferente do modelo médico. Desse ponto de vista, a deficiência não é tratada como incapacidade ou falta de habilidade, nem é o objetivo final que se deseja conquistar. O foco dos programas e ações desenvolvidos no âmbito do modelo de autonomia está na situação de dependência do sujeito ante os demais. O problema está no entorno e é nele que acontece o processo de reabilitação. É no social que, muitas vezes, se produz ou se desenvolve a situação de dependência da pessoa com deficiência em relação aos demais. O conceito de Vida Independente ecoou (e continua a ecoar) nos corações e mentes das pessoas com deficiência, em diversos cantos do planeta, dando origem a CVIs - Centros de Vida Independente. No Brasil, há pouco mais de 20 CVIs, coordenados pelo CVI Brasil; o mais recente foi fundado no Amazonas. Aqui e agora.

Vivemos, no Brasil e também em outros países, um momento de conscientização e de sensibilização da sociedade frente à Deficiência: as escolas começam a abrir suas portas para acolher crianças até então não admitidas como alunos, cultivando a convivência e o respeito à diferença desde cedo; as empresas tomam consciência dos talentos, dos recursos, da criatividade e da eficiência destas pessoas; estabelecimentos comerciais percebem que elas são consumidoras em potencial e, portanto, devem ser tratadas como tal. Teatros, cinemas e espaços culturais percebem que há públicos a serem conquistados. Novelas têm pessoas com deficiência como protagonistas, vivenciando situações inspiradas na vida real e que despertam o interesse dos telespectadores. É comum ouvirmos, no dia seguinte, pessoas comentando o capítulo anterior, no ônibus, no trabalho, na padaria, evidenciando que o conteúdo da novela está "mexendo com elas", fazendo-as refletir sobre assuntos que provavelmente desconheciam, até então. Um dos fatores facilitadores dessa mudança é a Informação. Ela tem-se revelado uma das ferramentas mais eficazes neste processo rumo à Acessibilidade, combatendo preconceitos e neutralizando estigmas. Dada sua importância, é preciso facilitar o acesso das pessoas à Informação, investir na sua capacitação para que saibam onde buscá-la, como filtrá-la e utilizá-la para serem cidadãos atuantes e conscientes.

Vivemos na Sociedade da Informação; nela, para sobreviver, é fundamental ter acesso à informação, saber lidar com ela, saber consumi-la e manejar os instrumentos e meios a ela ligados, dentre os quais se destaca a informática. A Informação, como as moedas, tem uma outra face, que é a Comunicação; elas são complementares. Não adianta apenas ter acesso à Informação; ela precisa ser divulgada. Informação que não circula não tem valor. E, para que a Comunicação aconteça, é preciso ter o que dizer.


Acessibilidade e Inclusão: tudo a ver.

Como ficou claro, no modelo atual, que adota o princípio da Vida Independente, acessibilidade e inclusão são conceitos chave.

Acessibilidade e inclusão.
Legenda: o título do cartum é "Direitos e Deveres": três pessoas estão em fila no relógio de ponto: o cadeirante já está batendo o ponto; atrás dele, uma pessoa com deficiência visual, de óculos e bengala e outro sem deficiência aguardam sua vez.

O conceito de inclusão é recente em nossa cultura. Estamos começando a usar esta palavra. Como qualquer situação nova, a inclusão incomoda, desperta curiosidade, indiferença ou negação, encontra adeptos e também críticos; envolve praticamente todas as esferas do social, apontando para a necessidade de repensar, de alterar hábitos, posturas, atitudes, começando pelo plano individual, tirando-nos de nossa costumeira zona de conforto: temos que abrir espaço em nosso mundinho interno para que mais pessoas caibam nele.

Além de recente, este conceito é abrangente: envolve acesso aos bens sociais, culturais e econômicos, à educação, à saúde, ao trabalho, à tecnologia... e assim por diante. Ora, para que as pessoas com deficiência sejam incluídas nas escolas, shopping centers, igrejas, cinemas, empresas, Telecentros, etc. é preciso que eles sejam acessíveis. Se não, elas nem conseguem entrar ...e como vão estar incluídas, se ficarem do lado de fora? Olhando para o passado e o futuro Olhando para trás, vemos quantas conquistas temos para comemorar, inclusive no que se refere à acessibilidade. Ao mesmo tempo, constatamos quanto ainda temos a conquistar, nesse processo rumo à construção de uma sociedade inclusiva.

A sociedade acessível garante qualidade de vida para todos; portanto, é um compromisso que deve ser assumido por todos nós, em nossas respectivas esferas de ação e influência. Como diz um site português sobre Acessibilidade:
"Para a maioria das pessoas, a tecnologia torna a vida mais fácil. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna a vida possível."


Referências.

1. Ricardo Ferraz, capixaba, cadeirante, tem livros publicados no Brasil, dos quais se destaca "Visão e Revisão, Conceito e Pré-Conceito", coletânea de cartuns de sua autoria, que está na 3ª edição. Foi destaque na revista FAIREFACE (setembro 2006), da França, de circulação mundial, dentre os vinte empreendedores de todo o mundo que, mesmo com deficiência física, superaram barreiras e ofereceram exemplos de persistência e de sucesso.
2. SASSAKI, Romeu Kazumi. "Pessoas com deficiência e os desafios da inclusão", em Revista Nacional de Reabilitação, 30/09/2004.
3. http://www.saci.org.br/index.php?IZUMI_SECAO=3 Site Externo. Esses pressupostos foram extraídos do endereço http://www.fsp.usp.br/acessibilidade/desenho.htm Site Externo. , página do I Seminário "Acessibilidade, Tecnologia da Informação e Inclusão Digital" da Faculdade de Saúde Pública da USP, São Paulo, 28 e 29 de agosto de 2001.
4. http://www.cvi-maringa.org.br/sobre.php Site Externo.
5. Alianças para um desenvolvimento inclusivo, documento interno, elaborado para Oficina do Banco Mundial e DPI Japão, organização da Secretaria Especial dos Direitos Humanos e apoio da SEESP/MEC e PNUD, Brasília, 2004.

domingo, 11 de abril de 2010

O AMOR MAIOR


Amor, significado doce para uns, palavra dolorosa para outros,
mas quem sabe o verdadeiro significado de tal palavra?
Ninguém pode explicar, seu sentido literal,
alguns ate arrisacam definicões e adjetivos
simplesmente pelo fato de achar que possuem tal sentimento por alguém.

Mas o que é o amor, se os seres humanos visam somente o próprio bem estar?
A conquista infinita de bens materiais?
Esquecendo-se de olhar para o mundo la fora
e ver quantas pessoas necessitam de um pouco de atencão,
um sorriso, uma palavra amiga, um pedaco de pão,
um copo de água ou até mesmo um pensamento de bondade.
Se assim ocorresse pelo menos de vez em quando,
poderíamos dizer que a palavra amor tem seu sentido verdadeiro.
Mas infelizmente poucos são oe que assim pensam ou agem,
pois o Amor verdadeiro, o Amor Maior
so existiu e existe ainda no nosso grande Mestre Jesus!!!!

terça-feira, 6 de abril de 2010

06/04/2010








Hoje tive um dia bem corrido, não consegui dormir a noite por causa da dor.Esta dor ta me atormentando muito.
Levantei cedo para ir ao centro, debaixo de chuva e voltei para casa toda molhada.
A tarde eu fui para o hospital de reabilitação, em que fiquei depois do acidente para fazer a minha primeira AULA DE MERGULHO.
As primeiras fotos foi na entrada do hospital e depois me passaram as intruções e fui mergulhando,uma equipe do hospital estava me auxiliando.

DIA 05/04/2010








Hoje fiz aula de fisioterapia aqui em kasa. O Robson é um brasileiro que mora aqui na Irlanda, há 4 meses. Personal Tryning e professor de pilates, ele tem feito um trabalho maravilhoso comigo, pois no Brasil ele trabalhava com pessoas com paralisia.
Hoje fizemos aula de pilates e foi maravilhoso. Pela primeira vez eu fui ao chão. Por que não tenho força suficiente para voltar a cadeira.
Também fiz exercícios na bola , e montamos uma seção de barras , e eu consegui dar mais de dez passos. O John meu médico veio aqui para ver o treino e ficou muito feliz, em me ver dando os passos. Consegui dar 10 passos. Isto é maravilhoso!!!!

domingo, 4 de abril de 2010

MEU DIA DA PÁSCOA












Esta noite vespera da páscoa, passei a noite toda acordada com dor, e a mamãe também estava sem sono e me fez companhia.Quando era 3 da manha comecei a brincar com a mamãe dizendo que eu estava acordada, esperando o coelhinho da páscoa passar e comecei a cantar:

"Coelhinho da Páscoa que trazes pra mim, um ovo, dois ovos, três ovos assim....."

Quando foi 9 da manhã, aqui de Dublin ainda não tinha dormido por causa da dor, e liguei o PC para assistir a corrida de fórmula 1, que por sinal o Felipe Massa, fez uma corrida espetacular. Torci por ele o tempo todo e ele não nos decepcionou.
Só depois que acabou a corrida que consegui dormir um pouquinho, por mais ou menos 1 hora e meia. Levantei e comecei a me arrumar, para ir almoçar com o John (meu médico, um amigo muito especial). Ele chegou e nos não estávamos prontas ainda, mas rapidinho nos saimos de casa. Fomos ha uma hotel aqui perto de casa que estamos acostumados a ir.
Almoçamos e depois fomos até a casa do Denison namorado da Lizie (amigos do natal), fazer uma visita a eles, e o John foi com a gente.E quando era umas 6 da tarde chegamos, em kasa e estou aqui com muita dor .


FELIZ PÁSCOA A TODOS
PARABÉNS AO FELIPE MASSA, POR TRAZER DE VOLTA A FELICIDADE NAS MANHÃS DE DOMINGO

MENSAGEM DE PÁSCOA

Feliz Páscoa

Uma Feliz Páscoa

O que posso desejar para hoje?

Que as verdadeiras amizades continuem eternas
E tenham sempre um lugar especial em nossos corações.

Que as lágrimas sejam poucas, e logo superadas.

Que as alegrias estejam sempre presentes
E sejam festejadas por todos.

Que o carinho esteja presente em um simples olá,
Ou em qualquer outra frase, ou digitada rapidamente.

Que os corações estejam sempre abertos para novas amizades, novos amores, novas conquistas.

Que Deus, esteja sempre com sua mão estendida,
Apontando o caminho correto.

Que as coisas pequenas como a inveja ou o desamor,
Sejam retiradas de nossa vida.

Que aquele que necessite ajuda encontre sempre em nós uma animadora palavra amiga.

Que a verdade sempre esteja acima de tudo.

Que o perdão e a compreensão superem as amarguras e as desavenças.

Que este nosso pequeno mundo virtual seja cada vez mais humano e o real também.

Que tudo o que sonhamos se transforme em realidade.

Que o Amor pelo próximo seja nossa meta absoluta.

Que nossa jornada de hoje esteja repleta de flores.

Feliz Páscoa !

sábado, 3 de abril de 2010

A HISTÓRIA DE ALINE BARROS

DOAÇÕES ALINE

ALINE NOGUEIRA DE BARROS
AIB BANK IRLAND
ACCOUNT NUMBER 07636182
SORT CODE 93932-95

BANCO BRADESCO
AGÊNCIA 510-0
CONTA POUPANÇA 59592-6








Aline Nogueira de Barros , tenho 27 anos, sou brasileira de Varginha/Minas Gerais.Eu trabalhava em uma firma de Esportação de Café por 4 anos , e foi quando decidir ir para Irlanda esutdar inglês.para voltar para o Brasil e tentar arrumar um emprego melhor, para dar uma saúde melhor para minha mãe, por que ela é proferrora aposentada por invalidez e tem uma saúde muito precáaria por causa do reumatismo e artrite. E ffoi por isso decidi embarcar rumo ao desconhecido.
No dia 23 de agosto de 2007 eu desembarquei na cidade de Dublin para completar o curso de um ano. Como todos sabem é muito difícil ir para um outro Pais com uma língua totalmente diferente. Comecei a estudar e a trabalhar, mas o custo de vida aqui é altíssimo, e foi preciso arrumar mais de um emprego.
Perto de concluir o curso, eu ja estava trabalhando em 3 empregos para conseguir finalizar tudo e voltar paara kasa
Naa manhã do dia 22 de julho de 2008, faltando umaasemana para eu retornar ao Brasil, peguei minha bicicleta ocmo de costume para ir trabalhar. Saí de casa por volta de 6:15 da manhã rumo ao trabalho, eu entregava jornal local em free em uma esquina estipulada pelo empregador. Quando estava perto do lugar em que trabalhava parei em um semáfaro, na pista de ciclista e do meu lado tinha um caminhão Parado.
Quando o sinal abriu eu virei a esquerda e o caminhão também, mas quando o motrista fazia a curva ele me atingiu com a parte da frente me jogando ao chao.
O caminhão passou por cima de mim , depois eu ainda tive a consciência de rolar e permanecer no meio do no mei do caminha entre 4 rodas , neste momento eu estava debaixo do caminhão que era ligeiramente alto. Mas o eixo traseiro do caminhão era baixo e me atingiu também me jogando longe. Eu rolei, rolei até parar na pista oposta e quando parei vi o caminhão indo embora (o motorista não parou e fugiu), neste momento eu precebi que já não sintia mais as pernas. Foi um desespero, a polícia chegou muito rápido e depois de uns 10 minutos chegou a ambulância. Me encaminharam a emergência do hospital mais perto do local do acidente, mas depois que dei entrada e passei por alguns exames os médicos decidiram me transferir para um hospital mas especializado no meu problema. Esperei 12 horas para ser operada por que os médicos faziam sinal negativo com a cabeça e eles não sabia como iriam fazer para fixar minha coluna.
Eu quebrei minha coluna na altura da T12, L1 e L5/S1, na altura da T12 a lesão foi completa , eu fraturei o quadril e também osligamentos do joelho. Minha cirurgia durou aproximadamente 14 horas e quando acordei percebi que meus movimentos não voltaram.

A partir daí começou a grande luta.

Me vi totalmente paraplégica deitada em uma camaa de hospital, longe de minha família , do meu país e da minhaa cultura e sozinha. Foi aí que a comunidade brasileira daqui da Irlanda começou a se organizar e tentar arrecadar fundos para mim por que depois do acidente eu não ia poder trabalhar por muito tempo.
Foram feito várias reportagens no jornal local, até mesmo por que ue trabalhava para o jornal. E apartir disso começaram as doações em minha conta, os Irlandeses foram muito generosos. Os brasileiros começaram a organizar festas beneficientes e arrecadar dinheiro para meu sustento.
Eu fiquei dois meses na cama no hospital para a minha recuperação e depois me encaminharam para um hospital de reabilitação. Só depois de dois meses do acidente que minha mãe teve condição física para viajar. Ela esteve aqui comigo no período da minha reabilitação , mas como aqui o clima é muito frio, a minha mamãe ficou doente e teve que voltar para o Brasil. Na semana seguinte que a mamãe voltou, e depois de três meses de reabilitação eu tive alta. Precisei alugar um apartamento que tivesse acesso para cadeira de rodas, mas em compensação o valor acaba sendo mais alto.

No total fiquei cinco meses hospitalizada e dois dias depois que estava no apartamento tive um outro acidente.

Uma enfermeira veio ate a minha casa para me ajudar e me ensinar a adaptar nova viada, e a primeira coisa que pedi a ela foi para me ensinar a tomar banho, por que aqui emDublin é comum ter banheiras nas casas.
A enfermeira me colocou na banheira e abriu a água quente queimando meus dois pés, a pele chegou a derreter. Com isso tive que voltar ao hoespital, e quando voltei para casa tive que ficar trancada por 3meses dentro de casa para não pegar infecção porque eu corria risco de perder os pés.
Por causa do processo tenho que permanecer aqui e não tenho como voltar ao Brasil, como o motorista fugiu sem prestar socorro, ficou muito difícil a minha situação. Dois dias depois do acidente a polícia pegou o caminhão e o motorista, não exise nenhuma evidência que este é o mesmo que me atropelou. Tenho testemunhas mas ninguém anotou a placa do caminhão. A única evidência que temos é as câmeras da rua porém não tem o momento exato do acidente nos vídeos, mas no período de uma hora passou somente um caminhão naárea do acidente. E foi este que a polícia pegou , mas o motorista nega que foi ele por isso , esta difícil provar quem foi o culpado.
Eu só receberei a idenização ou qualquer dinheiro no final do processo cívil. Preciso que isso aacabe para logo voltar ao Brasil e ser tratado por bons profissionaisl Dia 28 de Abriil tenho uma audiênciaa final do processo criminal , que saíra para dar entrada no processo cívil.
E é por isso que estou nesta batalha. desde o acidente vivo com as doações que foram arrecadadas no início do acidente como fiquei cinco meses hospitalizados consegui juntar um valor considerável. Desde o acidente tenho tentado conseguir algum benefício do governoda Irlanda, mas foi tudo em vão. O Governo Irlandez me deu visto permanente aqui no pais, ento espero o final do processo.
Adquiri uma dor neuropátic após o acidente. Esta dor vem aumentando gradadativamente, com o passar do tempo, eu tenhoque tomar muito medicamentos e também morfina de 4 em 4horas. Meu intestino e bexiga não funcionale preciso usar cateters para conseguir urinar. Gasto em média 4000 euros por mês em sondas e remédios, mas graças a Deus aqui existe uma lei que todos pagam 100 euros e pega todo oque é preciso. Mas como disse anteriormente eu preciso viver em um apartamento adaptado e isso tem um custo alto.