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sábado, 17 de abril de 2010

INCLUSAO

Como você pode contribuir para inclusão da Pessoa Portadora de Deficiência
Haja com naturalidade. Geralmente as pessoas mudam seu comportamento quando encontram uma pessoa com deficiência. Podemos observar pessoas que por medo tratam a pessoa com deficiência com indiferença ou fingem que não estão ali. Um outro extremo é o tratamento exageradamente gentil, superprotetor. A dica básica é tratar a pessoa com deficiência como faria com qualquer outra pessoa, ou seja, amável e com objetividade.

Não subestime as possibilidades, nem superestime as dificuldades e vice-versa. As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas. Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda. Sempre espere sua oferta ser aceita, antes de ajudar. Sempre pergunte a forma mais adequada para fazê-lo.não se ofenda se seu oferecimento for recusado. Pois nem sempre as pessoas com deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser mais bem desenvolvida sem assistência.
Se você não se sentir confortável ou seguro para fazer alguma coisa solicitada por uma pessoa deficiente, sinta-se livre para recusar. Neste caso, seria conveniente procurar outra pessoa que possa ajudar.

As pessoas com deficiência são pessoas como você. Têm os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os mesmos receios, os mesmos sonhos.

Você não deve ter receio de fazer ou dizer alguma coisa errada. Aja com naturalidade e tudo vai dar certo.

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Pessoas com Deficiência Física
Se a pessoa usar uma cadeira de rodas, é importante saber que para uma pessoa sentada é incômodo ficar olhando para cima por muito tempo, portanto, se a conversa for demorar mais tempo do que alguns minutos, lembre-se de sentar-se, se for possível, para que você e ela fiquem com os olhos num mesmo nível.

A cadeira de rodas (assim com as bengalas e muletas) é parte do espaço corporal da pessoa, quase uma extensão do seu próprio corpo. Agarrar ou apoiar-se na cadeira de rodas é como agarrar ou apoiar-se numa pessoa sentada numa cadeira comum. Isso muitas vezes é simpático, se vocês forem amigos, mas não deve ser feito se vocês não se conhecem.

Nunca movimente a cadeira de rodas, sem antes pedir permissão para a pessoa. Empurrar uma pessoa em cadeira de rodas não é como empurrar um carrinho de supermercado. Quando estiver empurrando uma pessoa sentada numa cadeira de rodas, e parar para conversar com alguém, lembre-se de virar a cadeira de frente, para que a pessoa também possa participar da conversa.

Se você estiver acompanhando uma pessoa com deficiência que anda devagar, com auxílio ou não de aparelhos ou bengalas, procure acompanhar o passo dela. Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa deficiente.

Se achar que ela está em dificuldades, ofereça ajuda e, caso seja aceita, pergunte como deve fazê-lo. As pessoas têm suas técnicas pessoais para subir escadas, por exemplo e, às vezes, uma tentativa de ajuda inadequada pode até mesmo atrapalhar. Outras vezes, a ajuda é essencial. Pergunte e saberá como agir e não se ofenda se a ajuda for recusada.

Se você presenciar um tombo de uma pessoa com deficiência, ofereça ajuda imediatamente. Mas nunca ajude sem perguntar se e como deve fazê-lo.
Esteja atento para a existência de barreiras arquitetônicas quando for escolher uma casa, restaurante, teatro ou qualquer outro local que queira visitar com uma pessoa com deficiência física.

Nunca estacione numa vaga reservada para o estacionamento de veículos conduzidos ou que conduzam pessoas deficientes. Essas vagas, demarcadas com o símbolo internacional de acesso (um símbolo de uma cadeira de rodas pintado na cor branca sobre um fundo azul), geralmente, são mais largas para permitir que a pessoa se aproxime do veículo e possa fazer a transferência da cadeira de rodas para o banco do carro e vice-versa. Nunca estacione em guias rebaixadas, nem sobre a calçada.

Se a pessoa tiver dificuldade na fala e você não compreender imediatamente o que ela está dizendo, peça para que repita. Pessoas com dificuldades desse tipo não se incomodam de repetir quantas vezes seja necessário para que se façam entender.

Não se acanhe em usar palavras como “andar” e “correr”. As pessoas com deficiência física empregam naturalmente essas mesmas palavras.

Pessoas com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar, podem fazer movimentos involuntários com pernas e braços. Geralmente, têm inteligência normal ou, às vezes, até acima da média.
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Pessoas surdas ou com Deficiência Auditiva
Fale diretamente com a pessoa, e não de lado ou atrás dela.

Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha.

Quando falar com uma pessoa surda, tente ficar num lugar iluminado. Evite ficar contra a luz (de uma janela, por exemplo), pois isso dificulta ver o seu rosto.

Seja expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações do que você quer dizer.

Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual, se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.

Se for necessário, comunique-se com a pessoa surda através de bilhetes. O importante é se comunicar. O método não é tão importante.

Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete.
Clique aqui para fazer o download do alfabeto manual

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Pessoas cegas ou com Deficiência Visual
Nem sempre as pessoas cegas ou com deficiência visual precisam de ajuda, mas se encontrar alguma que estar em dificuldades, identifique-se, faça-a perceber que você está falando com ela e ofereça seu auxílio. Nunca ajude, sem perguntar antes como deve fazê-lo.

Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, você deve guiá-la até a cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto da cadeira, informando se esta tem braço ou não. Deixe que a pessoa sente-se sozinha.

Algumas pessoas, sem perceber, falam em tom de voz mais alto quando conversam com pessoas cegas. A menos que a pessoa tenha também uma deficiência auditiva que justifique isso, não faz nem um sentido gritar. Fale em tom de voz normal.

Por mais tentador que seja acariciar um cão-guia, lembre-se de que esses cães têm a responsabilidade de guiar um dono que não enxerga. O cão nunca deve ser distraído do seu dever de guia. As pessoas cegas ou com visão subnormal são como você, só que não enxergam. Trate-as com o mesmo respeito e consideração que você trata todas as pessoas. Proporcione às pessoas cegas as mesmas oportunidades que você tem, de ter sucesso ou de falhar.

Fique à vontade para usar palavras como “veja” e “olhe”. As pessoas cegas usam-nas com naturalidade. Quando for embora, avise sempre. A pessoa cega depende fundamentalmente das informações verbais.
Clique aqui para fazer o download do alfabeto em Braille

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Pessoas com Deficiência Mental
Você deve agir naturalmente ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência mental. Dê atenção, converse, e aprenda com elas. Não superproteja. Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajude apenas quando for realmente necessário.

Não subestime sua inteligência. As pessoas com deficiência mental levam mais tempo para aprender, mas podem adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais. As pessoas com deficiência mental, geralmente, são muito carinhosas.
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Como você deve comportar-se diante de um educando com deficiência
Sabemos que:

Os professores não se sentem preparados para atender adequadamente as necessidades daqueles educandos;

Porque as crianças/jovens que não portam deficiência não foram preparadas sobre como aceitar ou como brincar com os colegas com deficiência e chegam, por isso às vezes, a rejeitá-los;

Porque os edifícios foram construídos para pessoas sem deficiência;

Porque muitos dos profissionais da escola se opõem à inclusão destes alunos;

Porque algumas famílias de criança/jovens que não portam deficiência, temem que este contato seja prejudicial a seus filhos;

Porque os pais e familiares de crianças/jovens com deficiência têm receio de que seu filho tenha dificuldade no relacionamento interpessoal na escola, preferindo mantê-lo em casa ou em instituições especializadas;

Porque o próprio portador de deficiência não foi ensinado e encorajado a enfrentar o mundo e a sociedade com confiança em si próprio; não sabe que tem um lugar que é seu e que as pessoas sem deficiência necessitam da sua participação, pois mais ninguém pode desempenhar o seu papel no grupo a que pertence. Ele tem DIREITOS E DEVERES.

Sugerimos que:

Exponha as suas dificuldades, aos seus superiores para alertar e melhorar as estruturas existentes; mantendo a ética e o sigilo profissional, procure informar-se ao máximo sobre os seguintes pontos:

A deficiência da criança/jovem e as suas possibilidades de participar nas atividades escolares (aulas, recreações, etc...);

A maneira como os familiares encaram a deficiência e como o aluno com deficiência encara a sua família;

A reação da família à inclusão; se os seus receios são transmitidos, normalmente, ao portador de deficiência;

A reação da criança/jovem com deficiência perante a inclusão;

Os seus principais problemas, como pessoa e como professor, na relação com esses alunos são:

Dificuldades na comunicação com eles;

Dificuldades que apresentam no aprendizado dos conhecimentos necessários ao seu progresso escolar.

A missão do professor junto a estes alunos é acima de tudo, criar um ambiente tal a sua volta que lhes faça sentirem-se aceitos e os leve a participar no grupo.

Procure encontrar o melhor meio de facilitar-lhes a aprendizagem, para possibilitar-lhes um desenvolvimento global equilibrado.

Refletindo sobre estes aspectos, a sua atuação será mais eficiente:

Com os adultos da escola;

Com as crianças/jovens que não portam deficiência;

Com as famílias da criança/jovem que porta deficiência;

Com as famílias das crianças/jovens que não portam deficiência;

Consigo mesmo e com as crianças/jovens com deficiência;

Isto permitirá que a criança/jovem portadora de deficiência:

Sentindo-se aceita, tenha a segurança necessária para participar nas atividades;

Tendo as facilidades necessárias, possa adquirir toda a autonomia que é capaz;

Sendo solicitada, possa desenvolver suas aptidões e adquirir os conhecimentos que lhe são indispensáveis.

Lembre-se ainda que corre o risco de:

Superprotegê-la ou abandona-la (procure saber o que ela pode fazer e incentive-a a tomar iniciativa);

Faze-la sentir quais as ajudas de que necessita e que devem ser dadas, com naturalidade;

Marginalizá-la, por não estar atento ao seu ritmo ou não considerar a importância da sua localização na sala de aula;

Traumatizá-la, por não considerar a importância da sua participação nos jogos coletivos, nos recreios e nas atividades da sala de aula.

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